Tendemos a acreditar que o ressentimento é coisa de gente sentimental, dos apaixonados contrariados e dos amantes magoados.

É isso, mas não é isso!

Eu arriscaria a afirmar que mágoa é quando as pessoas agiram como não gostaríamos, e ressentimento é quando as circunstâncias estão como não gostaríamos, muito embora esses sentimentos sejam bem semelhantes.

Sempre que lamentamos por qualquer coisa não ser como gostaríamos (queríamos) que fosse, estamos manifestando um ressentimento crasso. Se aquilo pelo que lamentamos estiver numa posição favorável, certamente estamos sobre a fronteira entre o ressentimento e a inveja.

Embora quase sempre seja difícil de visualizar, há uma sabedoria intrínseca em todos os acontecimentos e circunstâncias que conduzem nossa vida para o exato estado sob o qual se encontra.

Praticamente todas as religiões e correntes espiritualistas aceitam a ideia de que nada acontece por acaso e que TUDO tem uma razão de ser, mesmo quando não enxergamos essa razão, ou quando ela vai contra o que pensamos que que seja o melhor.

Aceitar que a vida tem seus próprios caminhos, e que o que pensamos que é o melhor para o mundo, muito provavelmente não é o melhor para o mundo, ajuda bastante a sermos menos ressentidos, mais livres e mais leves.

Vestindo o escudo anti-recalque

NA BOCA DAS RECALCADAS, EU VIRO CELEBRIDADE! 🙂

Um termo que tem ficado muito em voga atualmente é o hilário termo recalque 🙂

Muitas vezes o significado de recalque pende para a inveja, mas não é exatamente (só) isso.

O recalcado é um ressentido. Ele queria certas coisas, ou queria ser de um certo modo, mas como não consegue, fala mal do que não pode ter, e desqualifica quem é do jeito que ele, o recalcado, queria ser.

Como é do conhecimento de todos, quem desdenha, quer comprar.

Mas o invejoso vai mais além; ele não consegue as coisas e além de falar mal, torce para que os outros não tenham.

E se puder fará de tudo para os outros não terem o que ele não pode ter.

Mesmo nesse mar de recalque, a inveja continua sendo f*da.