“Bonzinho só se f*de.”
“Bonzinho não come ninguém.”
Frases cunhadas pela sabedoria do povo.
E são muito verdadeiras, como eu mesmo pude comprovar por experiência.
Eu sempre fui o típico cara bonzinho.
Mas o que é um cara bonzinho?
As pessoas normalmente acham que o bonzinho é o cara que não faz mal para as outras pessoas, e só pratica o bem, é legal com todo mundo.
Mas o bonzinho de que estamos falando é o sujeito que não se impõe. O cara que não abre a boca achando que o que for falar vai atrapalhar a conversa dos outros. Que tenta comprar a atenção e companhia das mulheres usando presentes e coisas românticas. Que não defende suas opiniões, nem se expõe com medo de contrariar os outros, com medo de incomodar os outros.
Que pede desculpa por existir.
Tenha você se identificado ou não com o que eu descrevi, você pode ver que um sujeito desses não tem como se dar bem. Mas ao contrário do que muita gente pensa, deixar de ser bonzinho não significa ser mau, maltratar os outros, sair mandando todos se f*derem. Basta se respeitar, da mesma fora que respeita os outros. Não achar que vale menos que as outras pessoas, principalmente mulheres. Ser um homem. Isso é bom para você e é bom para elas.
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Esse texto poderia ter sido escrito por mim. Mas não foi 🙂
Foi retirado deste link de um blog sobre a luta de um sujeito anônimo para fugir da timidez.
Eu acrescentaria que o bonzinho é bonzinho porque é orgulhoso. Ele está longe, MUITO LONGE de ser uma vítima dos outros e da sociedade. Ele quer passar uma imagem de gente boa, por isso faz o possível para agradar e o IMPOSSÍVEL para não desagradar. Ele se molda o tempo todo aos outros. Ele é covarde também, porque tem medo do combate. Tem medo do enfrentamento. Por quê? Porque enfrentar os outros pode significar desagradá-los. Mas desagradar e ser mal visto pelos outros é a MORTE em vida para o bonzinho.
De fato, o bonzinho só se f*ode.
E merecidamente.
Mais ruindade, por favor!
A solução pra essa bonzisse toda se chama ruindade. Não, é claro, no sentido de se tornar maligno e praticar maldades com os outros, como dito no trecho citado acima, e sim, no sentido de referenciar seus juízos por seus próprios valores e, na medida em que alguém ou alguma situação ultrapassar os limites de seus princípios e do seu bem-estar, saber exigir dos outros que corrijam o que estiver errado e BRIGAR por seus valores se necessário for.
Veja também
Livro Bonzinho, nunca mais! (No More, Mr. Nice Guy)
Como conquistar a garota certa (se existissem garotas certas)
Ari
03 de janeiro de 2014 as 20:52
Antes de qualquer coisa, este carinha da foto ilustrativa é um dos que mais “come gente”.
Falando sério, o tema é interessante. Há alguns dias atrás encontrei um celular caído no chão e resolvi procurar o dono e entregar. Fui criticado de bonzinho por esta atitude. Ora, fiquei um pouco desapontado pois não quis ser bonzinho, só pensei em fazer a coisa certa. Imagine, o celular era de uma mulher que estava a caminho do hospital onde seu marido estava internado após uma cirurgia. Depois de saber e comprovar isso fiquei mais convencido que que tinha feito a coisa certa. As pessoas apontam o dedo na cara de outras quando cometem erros mas na hora de fazer a coisa certa dizem que não querem ser bonzinhos, pois ser bonzinho é ruim ou é insignificante neste mundo poluído por más intenções.
Quando sucumbe a bondade a ponto de tomar conta de sua personalidade e tem consciência que muitos podem tirar proveito disso e você toma as devidas atitudes, não há problema. A bondade deve ser inerente e espontânea, sem segundas intenções, deve ser usada sempre com maturidade, consciência e responsabilidade. Sempre com a ausência da ingenuidade, que aliás é onde reside o problema daquele citado como:”Bonzinho só se f*de.”
A bondade pode ser um problema quando ela se torna nociva ao ser, como por exemplo a complacência, que atua como regulador da índole pessoal. Se há bondade em nós com altruísmo e isso lhe traz uma sensação construtora de algo positivo, também não há problema. Agora se você faz isso sempre como barganha, exclusivamente pelo Marketing pessoal do “politicamente correto”, como um instrumento de adaptação do Ego, forçado ou como um vicioso ato de ser aceito como tal, aí é diferente.
Se pegarmos como objeto de interpretação, o respeito, veremos que pessoas que são conhecidas como boazinhas respeitam mais que pessoas ditas ruins. Observe que aquelas pessoas que revidam mais são as mesmas que tentam impor sua “verdade” a qualquer custo e o jargão que revela que o respeito é condicionado, acabamos tendo que admitir que só respeitaremos alguém por duas formas aparentes: admiração e/ou medo. Talvez diante disso tudo devemos observar mais e impor menos nossos caprichos.
Nós podemos enfrentar qualquer pessoa sem precisar ser ruim com ela, e sim justo, pode discutir sem ofender ou apelar para o sentimento. O bom pode sacar uma espada desde que o outro tenha plenas condições de defender-se. Deve haver um duelo saudável e honroso.
Abraço!
Rodrigo
08 de março de 2016 as 6:48
Agora ser bom é ser ruim e ser ruim é ser bom. fala sério! O problema não são os bonzinhos o problema são as pessoas podres e invejosas desse mundo!