Ontem a noite, assistindo a televisão, pulando de canal em canal por acaso parei num programa daqueles de cunho religioso, mas muito atual, com ares de programa pop onde discutiam a opção de permanecer solteiro nos dias de hoje. Para um programa religioso até que a abordagem do tema estava bem atual e interessante.
O tema era: “A gente pega mas não se apega” e a questão era: “Medo da decepção, falta de opção ou convicção?”. Pelo telefone as pessoas respondiam à essa questão e até me surpreendi com o resultado. Eu acreditava que a falta de opção ganharia ênfase mas ficou com nenhum voto ao passo que o medo da decepção das pessoas com seus pares ficou com 90% dos votos dos telespectadores.
Eu vejo essa opção de permanecer solteiro motivada por todos os três itens da questão levantada acima, e não somente por um. Temos medo da decepção já que conhecemos bem a natureza humana e sabemos que os comportamentos se repetem. Se temos medo de nos decepcionar, é evidente que é por não encontrarmos uma opção (alguém) melhor que afaste de nós esse medo e nos torne confiantes num futuro a dois. Todos os bons partidos já estão casados, ouvi uma vez. Por fim, ficamos convictos de que é melhor estar só do que mal acompanhado, o que ainda é uma grande verdade.
Hoje fala-se que vivemos numa sociedade muito individualista, como se algum dia essa sociedade tivesse sido plenamente coletivista. De fato, somos seres individualistas, o que desanda é justamente essa necessidade imposta a nós pelos outros de que precisamos achar um par, contrariando nossa natureza. Não perguntam como estamos nos sentindo, perguntam porque não agimos como eles. Aliás qualquer forma de imposição “força a amizade” – na gíria jovem. Se a sua natureza é viver acompanhado, e essa é natureza de muitos, ótimo, vá a luta, ache o seu amor e seja feliz. Mas e se não for? E há pessoas que realmente não nasceram para uma convivência a dois. Nesse caso o melhor é assumir sua liberdade, manter-se independente, e ser feliz assim. O que há de mal? O importante é fazer o que manda o coração e sentir-se bem consigo mesmo.
É LÓGICO (!) que cada opção tem suas vantagens e desvantagens. Sempre que estamos diante de um dilema, estaremos pesando os prós e os contras de cada opção. Não há nada 100%. Existem apenas opções viáveis ou inviáveis de acordo com nossas predisposições. Daí que, na vida a dois ou na vida a sós, antes de decidir por algo, será melhor fazer uma auto-análise para conhecer seu temperamento. Só decide bem quem está bem informado, mesmo que seja a respeito de si mesmo. Auto-conhecimento aqui é a chave para uma vida mais resoluta.
Sou um defensor da liberdade, mais do que qualquer outra condição (para mim liberdade é antes de mais nada um estado de espírito – há quem crie as próprias prisões). Vejo com alegria qualquer progresso alheio que torne o sujeito mais independente do que antes. Mas as pessoas se casam justamente porque não sabem o que fazer com a própria liberdade – eu digo, há quem crie suas próprias prisões.
Sobre liberdade.
Tem uma piadinha que diz assim:
“Casamento é uma coisa doida, tipo:
Meu, eu te amo tanto que quero envolver Deus e o Estado.”
É uma piadinha que mostra como a liberdade é algo assustador. Ao não saber o que fazer consigo mesmas, as pessoas se agarram a condições externas que lhes deem certo balizamento na vida.
O problema não é nascer com a liberdade comprometida. Essa condição eventualmente o indivíduo ou a sociedade superam.
O problema é nascer livre e depois se aprisionar por si mesmo.
O casamento, um subterfúgio? Em muitos casos, com certeza. Ele pode se tornar um refúgio para não precisarmos mais encarar certas situações, e para não termos mais de pensar. Você nunca ouviu aquele ditadozinho ridiculamente verdadeiro: “Quem pensa, não casa. Quem casa, não pensa!” ?
Independente de se optar pela vida a sós ou a dois, o importante mesmo é desenvolver-se livremente. Cuidar de si mesmo, do espírito, refinar sua personalidade, desenvolver seus gostos, suas competências, seu conhecimento, enfim, enriquecer sua vida de significados, unicamente para si mesmo. E se a vida nos trouxer alguém com quem compartilharmos isso tudo, e que saiba apreciar sem querer nos mudar, PERFEITO!!!
Ricardo Emilio
17 de janeiro de 2009 as 16:35
Gostei do texto. Aproveitei um pedaço dele para fazer este post http://meuinteresse.wordpress.com/2009/01/17/individualista-e-coletivista/
Josi
18 de maio de 2011 as 11:48
Olá mto interessante seu texto, mas vale tbm refletir no que a bíblia diz… que o homem não foi feito para ficar só… oq não devemos é ter pressa para achar um companheiro(a) pois muitas vezes queremos ter essa companhia para sermos livres dos nossos pais…e isso não o certo… devemos ter muita calma.. pois oq é nosso DEUS já reservou…é isso sucesso bjão Josi
PEDRO ATILA
24 de outubro de 2014 as 9:46
Bem, no meu caso sempre tive muita vontade de estaa npanhado, mais nunca gostava tanto das garotas que me procuravam. Um dia encontrei minha ”cara metade”, dentre muitas opções felizmente ela me encontrou tambem’ era tudo muito lindo tipo,amor perfeito. tinha muito carinho por ela e sempre dei o meu melhor, mas infelizmente um dia ela chegou pra mim e simplismente falou que a gente não estava tão bem quanto eu pensava. terminamos e nos afastamos por 3 anos. depois de voltamos a ssair outra vez e ate ficarmos de novo,conheci uma amiga dela (eu não sabia que elas se conhecinhao) e resolvi não voltar para aquele amor antigo que tanto tinha me machucado. fiquei com essa garota quase 2 anos e a poucos dias eu simplesmente deixei ela escapar pelas mãos sem saber muito bem oque estava acontecendo e tudo se acabou de uma hora para outra. tipo, eu sei que algumas pessoas adoram estar ao lado de alguém, mas por experiencia propria eu lhe digo, ame, mas não se entregue tanto. viva, mas sempre com o pensamento que um dia pode acabar e vocÊ so ira ser uma pessoa sofrendo. meninas, o principe encantado existe sim, mas tem meio que um prazo de validade. um dia ele vai chegar pra você e só dizer, não da mais, e você vai passar por tudo que eu estou passando agora. todo mundo é feliz um dia,ão tenha tanta pressa de acha o par perfeito pois ele pode ate chegar, mas um dia vai embora sem deixar nem um sentimento de peso. se ame mais que tudo e você será muito feliz sempre. não dÊ mole pra um companheiro(a) pois isso so vai te levar pra um sofrimento quase que certo. pclima@solarbr.com.br meu email pra quem quiser falar sobre. beijos