Tenho cada vez mais, a certeza plena, absoluta e convicta de que o mundo é uma grande 5ª série.
Uma observação mais atenta nos levará à percepção de que as pessoas são crianças travestidas de adultos. Cada qual com suas tendências demasiado humanas, ora mimadas, ora invejosas, ora obtusas, ora covardes, ora ainda, impetuosas. Todas estas, tendências insuportáveis, uma vez que não partam de crianças propriamente.
Mas, particularmente, estou num momento em que essa percepção não precisa ser tão atenta assim, pois a mera convivência com alguns tipos tem me surpreendido sobremaneira, e me convencido preponderantemente quanto a esta noção geral de que o mundo está mais próximo de uma grande creche do que da civilização.
De repente você se vê no meio de gente (aparentemente grande, mas com idade mental de 12 aninhos) fazendo birra por quase nada; outras que não oferecem nada de bom e não gostam de quando você oferece; outras com a maior dificuldade de entender problemas básicos e óbvios; outras tentando passar recados através de indiretas no face; e outras ainda, especialistas na arte de complicar, se apegando a coisas tão pequenas quanto minha disposição de explicar pra elas como as coisas funcionam neste velho oeste que é a vida: difícil, complicada, dura e às vezes, muito cruel.
Então me vejo no meio desse tiroteio de criancices tentando não perder a sanidade e me questionando da real necessidade de se ter filhos, uma vez que já estamos rodeados dessas crianças grandes brincando de ser adultas.
Por fim, clamo aos céus:
HAJA PACIÊNCIA!
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Às vezes fico aqui me perguntando como é que vou enfrentar os outros e prováveis 40 anos de vida que me aguardam pela frente.
Porque Deus do céu, a dose de paciência que o Senhor me concedeu foi deveras insuficiente.
Já acabou. Zerou. C’est fini.
Cristina
28 de julho de 2015 as 20:33
Ao ler este texto pensei “haja alguém que me entenda”, muito obrigado, ganhei o dia!
Ronaud Pereira
28 de julho de 2015 as 21:37
😉