Case com alguém que pronuncie seu nome da mesma forma que o Galvão fala “Neymar”
Fernando Gouveia
Desde um pouco antes da fatídica Copa do Mundo, eu já vinha sentindo um profundo incômodo em relação a como a Globo (e a mídia de modo geral) trata das questões do futebol da SELEÇÃO.
Jornalistas, locutores e outros funcionários da Rede Globo, ao se referirem à seleção, costumam dizer: “O Brasil isso, o Brasil aquilo, o Brasil ganhou, o Brasil perdeu…”
Não, queridos, o Brasil não ganhou, nem perdeu nada. Não podemos reduzir o Brasil – uma nação extensa e diversificada – a uma seleção de jogadores (bem problemática, por sinal…). O Brasil é muito mais… Aquilo a que a Globo se refere como Brasil é apenas uma SELEÇÃO de jogadores que REPRESENTAM o Brasil numa de muitas modalidades esportivas, que chamamos de futebol, uma atividade preponderantemente coletiva, lembremos…
…o que gera outro aspecto do tratamento sensacionalista que a Globo faz com a SELEÇÃO e que me causa recorrentes desconfortos enquanto fico à frente da TV (na verdade raramente fico) ouvindo o Galvão falar da seleção e forçar outro sinônimo para ela, que já foi Romário, depois foi Ronaldo Fenômeno e agora, Neymar.
A Globo é uma grande emissora capaz de produções maravilhosas, mas agora ela quer nos fazer crer que Neymar representa a Seleção, que representa o Brasil, que representa eu e você. De modo que sem Neymar a seleção não é nada, e por consequência, “o Brasil” também não é nada e por consequência, eu e você ficamos “desamparados”.
Não dá, né…
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