Encontrei essa ótima citação de Neil Gaiman “perdida” pelo tumblr e me vi obrigado a comentá-la aqui. Veja:
Eu tenho feito uma lista das coisas que não nos ensinam na escola. Não nos ensinam como amar alguém. Não nos ensinam como enriquecer, nem como aceitar nossa má condição financeira. Não nos ensinam nos afastar de alguém que não amamos mais. Não nos ensinam como proceder para nos aproximar das pessoas que amamos. Não nos ensinam como entender o que as pessoas estão realmente pensando. Não nos ensinam o que dizer a quem está morrendo. Não nos ensinam nada que realmente precisemos saber.
É incrível como ele resumiu perfeitamente o atual estágio da educação mundial. Não é só no Brasil não. Isso só me faz reafirmar minha opinião de que, muito embora estejamos avançadíssimo do ponto de vista científico e tecnológico – e que é realmente ótimo que estejamos – ainda TEMOS MUITO O QUE APRENDER.
Esse ponto de vista é muito bem retratado nesse livro.
E não há sequer onde ou a quem recorrer quando sentimos falta de aprender coisas úteis que nos ofereceriam aquela “ginga” para viver melhor e com mais autoconfiança que volta e meia nos faz falta.
Perdemos tanto tempo na vida por desinformação, e sofrendo por neuras que nem reais são.
Até quando, hein?
Wanderléia
15 de janeiro de 2010 as 18:06
Certísiimo…
GRAÇA
16 de janeiro de 2010 as 8:40
NOSSA; ESSE RSUMO É UMA PURA REALIDADE. É UMA LIÇÃO PARA QUE PODEMOS SABER QUE AINDA DAR TEMPO DE APRENDER A AMAR. UM ABRAÇO. GRAÇA.
Zinha
17 de janeiro de 2010 as 15:17
Pois bem, li os comentários dos amigos do blog e fiquei frustrada!
Fui professora mto tempo, trabalhei na área da Saúde, e agora estou aposentada.
Vejo que as pessoas “cobram” da escola, coisas que são obrigações de família!
Copiei aqui a opinião de uma pessoa, que vai falar por mim:
“Eu tenho feito uma lista das coisas que não nos ensinam na escola. Não nos ensinam como amar alguém. Não nos ensinam como enriquecer, nem como aceitar nossa má condição financeira. Não nos ensinam nos afastar de alguém que não amamos mais.” (etc)
É só ler os ítens para perceber que isso não é obrigação da Escola!!! Isso é berço! É família!
Pelo amor de Deus! nós mal aprendemos Pedagogia, História da Educação, e ainda temos que ensinar a pessoa AMAR, RESPEITAR O PRÓXIMO, etc…
Tem gente misturando as coisas! Isso não é obrigação de professor! É obrigação da Família!
Por favor, não joguem sobre os ombros do professores, deveres familiares!
Gde abç a todos!
ronaud
17 de janeiro de 2010 as 16:17
Zinha
Acho que você não compreendeu a mensagem do texto. Ninguém ali culpou os professores, aliás, eles nem foram citados. O que se quis dizer é a TOTAL inversão de valores que há na educação não só brasileira, como mundial.
Obrigam-nos a decorar fórmulas, regras e processos e não nos ensinam o básico da vida.
Entretanto eu pergunto: Como certas coisas devem vir do BERÇO, se nem os pais receberam tal orientação? Não é mais natural que se espere que PROFISSIONAIS bem formados e orientados exponham tais informações básicas aos futuros cidadãos? Por exemplo, quando eu estava na 2ª série, minha professora comentou que havia ido a um comício político e lá tomou um picolé. Porém percebeu que não havia lixeiras perto e colocou o papel do picolé na bolsa e jogou no lixo de casa! Disse a professora que não teve coragem de jogar o papel no chão, por mais que a praça já estivesse emporcalhada de lixo que as pessoas jogavam. Que grande exemplo hein? Nunca mais esqueci. E nunca havia tido tal orientação em casa. Muito ao contrário, eu era que cobrava meus pais para não jogarem lixo nas ruas. Fica o convite a reflexão.
Mas ninguém está culpando professor. Ninguém tem culpa de nada. Contudo, as coisas poderiam ser diferentes.
Bianca Leilane
17 de janeiro de 2010 as 20:18
Olá, concordo com vc, com certeza tems muito para melhorar, entretanto é precis atitude. Todos sabem o que é preciso fazer, mas quem faz? De quem deve partir tal iniciativa? Do povo? Dos governantes? Dos educadores? Das famílias?
Um abraço!
ronaud
17 de janeiro de 2010 as 21:22
Bianca. Creio que todos devem agir nesse sentido. O povo deve buscar o conhecimento “da vida” que não obteve na escola, mas creio que os governantes poderiam agir nesse sentido de forma mais efetiva. Mas estão pouco preocupados com a instrução do povo.
Deveriamos ter aulas de boas maneiras, de civismo, de psicologia, de finanças, de auto-conhecimento. Mas só nos impingem decorar fórmulas, processos e regras inúteis.
Vivemos um círculo vicioso e acho que somente iniciativas vindas do governo poderiam mudar essa realidade alienante e imbecilizante que vivemos. Mas o povo pode correr atrás também. Sei lá, me parece que todos são de alguma forma responsáveis pela realidade que vivem.
Francisco Borges Pereira
18 de janeiro de 2010 as 15:39
A mente humana não tem limites para o aprendizado. Daí dizer que sabemos nada acredito que é ser muito radical. Sabemos pouco é verdade e não que alguem tenha nos ensinado, pois nem sempre é quem muito vive que aprende o bastante mas aquele que busca o conhecimento!
Vanuza
28 de janeiro de 2010 as 13:22
É incrível ver e ler todos os dias quando ligo o meu computador e me deparo com reflexões lindas e de muito bom gosto o qual retrata qualquer assunto, comento muito a seu respeito em meu ambiente de trabalho e digo “Vocês precisam conhecer o blog de Ronaud Pereira”! Ele tem muito a nos ensinar! Adoroo mesmo as suas postagens e essa sobre a questão educacional é sensacional. Parabéns pelo profissional que és.
Bjs!!!
simone rebouças
22 de junho de 2010 as 14:38
Legal saber que tenho muito em apreender, significa que existe a flor da humildade florecendo em mim
renata lara
11 de fevereiro de 2011 as 16:23
concordo plenamente com voce quando se explicou a zinha, creio que houve um equivoco de interpretaçao por parte da mesma, eu sou estudante de ciencias sociais e estou pensando em me escrever para começar dar aulas em escola publica, vou tentar dar o meu melhor é claro, sei que nao vai ser facil pois por mais que o profissional queira fazer o diferencial seu espaço ja esta delimitado, infelizmente a educaçao em grande parte do mundo é tratada como mercadoria, aqui mesmo no Brasil a situaçao piorou e muito apos acordos internacionais, tudo por que o que se quer sao cidadao flexiveis para o mercado e nao seres pensantes nao alienados prontos para pensarem e cobrarem por um futuro melhor
luciana
26 de janeiro de 2013 as 10:36
Não vi esse texto como critica a professor nenhum, apenas entendo que quem escreveu quis dizer que as coisas mais importantes da vida a gente não aprende dentro de sala de aula e que tão pouco essas coisas são tão faceis de aprender como as capitais dos estados brasileiros por exemplo.
Amar , sentir saudades , perdoar …. nada disso é tão facil como decorar um texto, essas coisas a gente leva a vida toda pra aprender e muitas vezes não consegui.
Me diga como um professor ou qualquer outra pessoa pode ensinar a uma outra como enganar a saudades ou conter uma lagrima quando se esta triste , essa coisas são impossiveis de se ensinar , somente a vida e o tempo podem tentar ser nossos mestres…
Entendo que o texto classifica cada qual com a sua função os professores são capazes de ensinar muitas outras coisas importantes mas as coisas que vem da alma ninguem é capaz.
Bianca Leilane
28 de janeiro de 2013 as 10:22
Bom, depois de três anos, volto a esse texto…rs…
Reli algumas vezes agora pela manhã e tbm os comentários postados…. E como professora preciso comentar. Olha o que diz o texto em questão: “Eu tenho feito uma lista das coisas que não nos ensinam na escola. [..] Não nos ensinam nada que realmente precisemos saber.” Se isso não é uma crítica aos professores, por que afinal quem caracteriza as escolas são eles, é oq ue então?????
A escola não nos ensina NADA que realmente PRECISEMOS saber? Então como é que as pessoas são hj médicos, professores, advogados, engenheiros… com certeza não foi a partir do ponto de saber se afastar das pessoas que ama, de saber conviver com a saudade….
E sim a partir de teorias, regras, fórmulas, leituras e mão na massa….
Se a escola não nos ensina NADA de fato importante, o que tanta gente faz por lá? Ocupam espaço?
Concordo que tenha gente que passa anos e anos na escola e sai de lá com a sensação que não aprendeu nada, QUE PENA, com certeza não soube aproveitar o que a escola tem de bom, com certeza não soube aplicar oq ue aprendeu na escola, ou ainda, tornou-se um adulto frustrado por não conseguir a profissão desejada…ou… quer achar em quem colocar a culpa por não saber VIVER!
Desculpem o desabafo, mas é preciso pensar melhor em algumas questões e perceber (como já falaram anteriormente) qual a função de cada um: da escola, da família… que se casam em alguns aspectos, mas que em outros são bem diferentes, e que bom que são diferentes.
Beijos!
Ronaud Pereira
28 de janeiro de 2013 as 12:28
Primeiramente, devemos separar escola, de universidade. A escola, por ser generalista e mais frequentada, deveria se concentrar nas coisas importantes do dia a dia e deixar certas especificidades para as universidades.
Segundamente rs reenfatizo o que comentei anteriormente: O problema não é a escola nem os professores, mas o sistema escolar e, no caso desse texto, da grade curricular. Por exemplo, com exceção dos professores de português e de matemática, quem mais utiliza a análise sintática e a fórmula de bhaskara? Poucos profissionais, não? Quantos dias e semanas ocupados com algo que poderia ser ensinado numa universidade para seus futuros profissionais das letras e dos números.
Não seria mais proveitoso ensinar noções de relacionamento, de civismo, de política ou finanças durante esse período?
É apenas isso que se comenta acima, da possibilidade de direcionar melhor e de modo mais prático o tempo que se passa na escola.
Comento isso mais profundamente aqui: https://www.ronaud.com/sociedade/educacao-de-verdade/
Um abraço!
Bianca Leilane
28 de janeiro de 2013 as 16:56
Meu amigo, não estou dizendo que a escola não tenha que se preocupar com as noções de relacionamento e tc…tanta que ela o faz! Aliás, um dos objetivos principais da educação e que está presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais (e tbm na prática) é justamente o de “tornar” o aluno um cidadão crítico perante a sociedade existente, perceba, inclusive, que nesse ponto a escola teve sucesso com vc….rs….
Porém, do primeiro ano ao terceirão chamdos de “Educação Básica” , ou seja, “aprende-se” a base de tudo, de tudo um pouco, até porque o camarada ainda não sabe qual profissão seguir, sendo assim, a educação básica faz com que ela conheça, mesmo que superficialmente, as diversas áreas do conhecimento para que o aluno consiga discernir melhor sua futura profissão.
Mas eu entendo o seu ponto de vista quando diz que muitas coisas das quais aprendemos na escola, acabamos não usando cotidianamente, dependendo da área que escolhemos como profissão, mas tbm acredito que ão custa tanto assim aprender um pouquinho de cada coisa….rs
Um abraço!