Dias atrás me deparei uma frase que me fez refletir bastante:
Um homem que não mente para uma mulher tem muito pouca consideração pelos sentimentos dela. Olin Miller
O tema, como se observa, é o do respeito aos sentimentos alheios. A frase bem humorada trata de considerarmos as expectativas do outro a nosso respeito e… de representarmos o papel que esperam que representemos; ou que, inocente ou ingenuamente nos comprometemos em manter. E talvez nem tenhamos nos comprometido com nada. O outro simplesmente nos conheceu com nossos jeitos e sabe-se lá por quê, espera que permaneçamos do mesmo jeito para sempre. Mas… oi??? As pessoas mudam! Por que eu devo agir de determinada maneira PELO RESTO DE MINHA VIDA? Não conseguiria nem se quisesse.
A frase citada ainda toca na questão da mentira. O indivíduo que disse que mentir era pecado devia estar delirando. Mentir é uma questão de sobrevivência, física, mental, social, espiritual, 😉 Mentirinhas, mentiras brancas, mentiras sinceras (™ Cazuza) interessam a todos nós.
Me engana que eu gosto
Tenho percebido que eu considero demais os sentimentos alheios, a ponto de me sacrificar para não magoar o outro. Mas até onde isso leva? Até onde é certo? Até onde os outros merecem essa consideração toda em detrimento da consideração por meu próprio bem estar emocional?
Egoísmo x Altruísmo: Quem vence a briga?
Vale a pena proteger os sentimentos alheios sacrificando nosso tempo de vida, e principalmente nossa juventude, sustentando mentiras? Quem tem vocação pra santo? Respeitar os sentimentos alheios (demais) é uma virtude mesmo? Ou é ser bobo?
Pois é, eu não sei.
Porque podemos quebrar a cara, e de forma besta; porque a maioria das pessoas esquece de tudo, menos de serem ingratas. Seja correto durante toda a vida e falhe no último momento: Será condenado pelo erro e terá todos os seus acertos esquecidos. Quando esperarmos que retribuam “tudo que fizemos e tudo que sacrificamos por eles”, podem já estar entojadas de nós e… tocarem o “tô nem aí“.
Bianca Leilane
19 de janeiro de 2011 as 19:45
Olá!
Bom, essa questão é um tanto complicada…rs…Acredito que nunca saberemos de fato se tudo que sentimentos ou fazemos pelos outros (e por nós mesmos) é de fato correto, isso está além de nossa inteligência…rs…Resta-nos saber viver, dançar muitas vezes conforme a música, e, se necessário, trocar o “disco”…rs
Bjs!
Maria Renata
25 de março de 2011 as 16:27
Eu sou assim…. faço qualquer coisa para não magoar o outro… ponho 10.000 pessoas na minha frente, a ultima pessoa que penso é em mim. Se ganho uma roupa e não gosto, uso mesmo assim, pq quero agradar a pessoa, não gosto de pensar que ela vai se incomodar porque comprou um presente que não me agradou. E depois me pergunto se é justo, porque de alguma forma estou mentindo que gostei.
Não queria ser assim… mas não consigo… e o pior é que fico inconformada quando deposito expectativas de que os outros tb vão ter essa visão comigo, também vão me colocar em um pedestal, e isso não acontece. Fico estremamente desapontada. pq não consigo ver o mundo de outra forma, e se é de outra forma me inspira menos amor, menos afeto.
Estou trabalhando na mudança, tentando dizer não, tentando não ter tanto medo de machucar os outros.
Adoro seu blog, sempre encontro pensamentos aqui que concordo muito. Bjos
ronaud
27 de março de 2011 as 14:41
Que bom que gosta do blog, Maria! Seja bem-vinda e boas leituras!
Nathalie
14 de abril de 2011 as 22:08
Gostei muito do texto!
É exatamente isso… essa frase resume tudo: “porque a maioria das pessoas esquece de tudo, menos de serem ingratas”
precisava ler isso! brigada 😉
ronaud
14 de abril de 2011 as 22:10
De nada 😉
Gabrielle
22 de setembro de 2011 as 18:49
Nossa. o Textoo é tudo mesmooo ! Show ! Infelizmente essa é aa verdadee da vida, já a conteceeeu isso comigo, me doar, respeitar o sentimento do outro, e simplismente a pessoa não dar valo a isso .
Parabéns pelo texto !
Beijooos
ronaud
22 de setembro de 2011 as 19:08
Obrigado 😉