Assisti ao filme Bruna Surfistinha no cinema a uns dias atrás. É um filme emblemático sobre como há segmentos da sociedade os quais outros segmentos prefeririam que não existissem, mas como existem e não podem fazer nada, fingem que não existe. O segmento da prostituição é um deles. Aliás, antes da prostituição, o próprio sexo é um tema no qual tanto se fala e tão pouco se sabe, e tão pouco se conversa, mesmo entre os mais interessados – o casal.
Durante o filme, vi meu puritanismo se exacerbando, não conseguindo entender como alguém pode tocar a vida daquele jeito, por mais dinheiro que ganhe. E pode!
E além ainda do estilo de vida em si de uma prostituta, me causou espanto e na verdade uma puta (sem trocadilho) admiração com a CORAGEM da Raquel Pacheco – a Bruna Surfistinha. Que coragem estrondosa se mostrar de cabeça erguida para toda uma sociedade que condena o que ela faz (ou fez). Que coragem invejável essa de simplesmente NÃO LIGAR PARA O QUE OS OUTROS PENSAM! Nem que para isso seja preciso se afastar da família.
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