(Esse texto se destina em especial para mães e pais, ou para quem cuida de outros de alguma forma, embora seja válido para qualquer tipo de relacionamento.)
Fala a verdade. Você não só acredita em reencarnação como torce para que sua próxima vida seja tudo que esta não foi, não é isso?
E o que você tem plantado nesta vida para colher na próxima?
Saiba que com essa inatividade toda é muito provável que sua próxima vida seja o mesmo fiasco que essa…
Outro dia comentei aqui em longo texto o fato de que a vida é um espelho (clique e leia). Ela lhe devolve exatamente o que você joga pra ela. Isso funciona no dia a dia e quem conhece alguma coisa sobre reencarnação e vidas sucessivas sabe que este aspecto da existência transcende a vida.
No texto, comentei que há uma tendência para você ter encontrado em seus pais EXATAMENTE o que você seria/faria se estivesse no lugar deles. Você É a mãe que sua mãe foi para você. Você É o pai que seu pai foi para você. Independente do seu sexo, o que seus pais foram para você É EXATAMENTE o que você seria se estivesse no exato lugar deles.
Com esse pensamento, me surgiu uma conclusão óbvia. Não basta acreditar em reencarnação e ficar aí esperando morrer pra renascer numa vida futura feliz e resplandecente. Essa forma de pensar é apenas uma variação da promessa do paraíso cristão. Se você realmente acredita na possibilidade de vidas sucessivas, e há muitas evidências dessa possibilidade, você deve usar isso a seu favor. E como usar a reencarnação a nosso favor?
Seja para seus filhos agora, nesta vida, o que você queria que seus pais tivessem sido para você.
Dê aquilo que você quer receber. Se não recebeu, é porque não deu em alguma ocasião de suas existências.
E, é claro, não estou falando (só) de bens materiais.
Estou falando de amor, atenção, tempo, paciência, companheirismo.
Dê amor para seu filho, para VOCÊ receber amor quando voltar a ser filho(a).
Dê amor para receber amor. Dê atenção para receber atenção. Doe seu tempo para que tenham tempo para você. Tenha paciência para serem pacientes com você. Seja companheiro, para ter companhia.
E veja que esse raciocínio e essa postura podem ser trazidos para o dia a dia.
Já ouviu aquela história de se esperar a alma-gêmea? Todo mundo quer encontrar sua alma-gêmea, não é? A pessoa certa. Mas poucos se esforçam para SER a pessoa certa de alguém. O povo quer alguém que aceite todos os seus defeitos, mas não quer aceitar os defeitos desse alguém.
Meio injusto esse negócio, não? Aceite, para ser aceito.
A verdadeira felicidade não consiste em ENCONTRAR a pessoa certa, e sim em SER a pessoa certa.
Disso podemos deduzir que antes de ficar reclamando do seu parceiro, ou que não encontra ninguém que preste, deve questionar-se se está merecendo o que quer. Merecemos o que damos. Devemos dar aquilo que queremos receber. SER a pessoa certa é isso, oferecer ao mundo – e ao outro – EXATAMENTE o que queremos receber.
Dar para receber.
Plantar para colher.
Leis básicas da vida e da nossa existência espiritual.
É só usá-las a nosso favor… AGORA!
Wania
15 de janeiro de 2012 as 8:46
Simples e direto!…parabéns pelo texto!
ronaud
15 de janeiro de 2012 as 17:08
Obrigado, Wania 🙂
Agnódice
27 de maio de 2014 as 20:42
“Demorei muito prá te encontrar…”, agora eu quero sempre ler as coisas que você escreve. É como bálsamo para as minhas “dores”. Mas eu acredito que as coisas acontecem no momento certo; talvez se eu tivesse lido suas reflexões a um tempo atras, eu não as entenderia, ou não me importaria.
Parabéns.
Ronaud Pereira
27 de maio de 2014 as 22:57
Antes tarde que nunca 😉 Obrigado, MESMO! Seja sempre bem-vinda por aqui.
Andre Martines
17 de novembro de 2022 as 22:20
“uma tendência para você ter encontrado em seus pais EXATAMENTE o que você seria/faria se estivesse no lugar deles.”… discordo desta frase. Meu pai viveu com tanta lamentação que eu cresci com muita baixa-autoestima. Passado décadas, minha filha nasceu e eu fiz de tudo para ela ser feliz. Brinquei, sempre estive do lado dela, sempre presente. Hoje, ela é adolescente, super espirituosa e a alegria dela me ensina tanta coisa. Talvez, fui exceção, não sei…
Ronaud Pereira
18 de novembro de 2022 as 13:39
Exato. É como eu falei, é uma “tendência”, não uma regra. Eu me vejo em várias ocasiões agindo exatamente como meu pai, esta é uma observação até da minha mãe. Mas eu diria que é uma ação já um pouco lapidada. No seu caso, você comprova minha tese, você está usando esta sua “existência” a seu favor, de forma bem consciente, fazendo diferente e melhor do que você recebeu. Está de parabéns! Muito obrigado pelos comentários. Não consigo responder todos, mas fico feliz por sua presença aqui. Um abraço! 😉