Ser humano não é fácil. Somos largados nesse mundo louco, complicado, irregular, aleatório, agora em meio a um avanço tecnológico irretratável que nos confunde quanto à nossa natureza humana e também em meio a um tal de aquecimento global com ares de apocalipse.

E em meio a todo esse caos sobre o qual vivemos, no fundo somos totalmente responsáveis por tudo que nos acontece. Mas até que alguém nos mostre isso na vida, pode demorar, e enquanto esse lampejo não acende em nossa mente, normalmente por algum ser iluminado a nossa volta, vamos vivendo e culpando os outros.

O vitimismo me causa aversão, mas compreendo, quem nunca se sentiu vítima de alguém ou alguma circunstância? Porque foi o professor, porque foi o patrão, porque foram os funcionários, porque meu marido/namorado/amigo, porque a mulher/namorada/amiga, porque o povo, porque o governo, porque Deus…

Mas a grande verdade é que nunca foi entre você e os outros.

SEMPRE FOI ENTRE VOCÊ E VOCÊ.

Parece absurdo um pensamento assim, não é? Principalmente quando “somos vítimas” de um acidente, de um imprevisto, do ladrão que nos roubou, etc. Tentar lhe convencer, através da metafísica, de que você “atraiu” tal fato, talvez não seja lá muito convincente. Mas o fato é: Você sofreu o incidente (seja lá qual for), não eu, logo foi a SUA vivência do fato lhe levará a um nível acima de experiência e conhecimento, não eu. A realidade, que não tem dó de ninguém, fala por si só.

A postura vitimista é sedutora, até porque ele nos livra das responsabilidades (e a sociedade releva e aceita bem a desculpa), mas acredite, de alguma forma, neste universo, você precisou passar por algo ruim para que algo bom surgisse em você.

Já ouviu falar da lenda da Fênix? O pássaro que ressurge das cinzas? Somos todos fênix ressurgindo das cinzas a cada passo.

Mágoa é quando o outro não age da forma que queríamos. Nos ressentimos porque o outro não agiu como esperávamos, logo o outro é culpado da minha infelicidade. É preciso tomar cuidado com esse posicionamento muito idealista diante das pessoas. Talvez elas deveriam mesmo ser de um jeito ideal, mas nada garante – nem as promessas delas – que elas vão conseguir ser deste jeito ideal.

Perdoar é aceitar os outros como são e mais, perdoar é aceitar os outros como seres imperfeitos que são, tanto quanto eu ou você. Perdoar é parar de julgar e ficar em paz com a realidade das coisas. Mudar o que pode ser mudado, aceitar o que não pode ser mudado, especialmente, compreendendo as dificuldades das pessoas com empatia e generosidade. Todos podem faltar conosco e, ou aceitamos a realidade, ou viveremos esperando por uma situação perfeita em vão, porque não existe convivência perfeita.

Lembre-se de que quem é bem sucedido em seus projetos, tende a se pôr como causa dos acontecimentos, e diante de problemas, tenta encontrar um modo de solucioná-los, ao invés de ficar procurando culpados ou mesmo esperar que ALGO ACONTEÇA. Quem é bem sucedido costuma encarar os problemas como DESAFIOS.

Tem um grande problema? Porque não começa a encará-lo como um desafio a ser superado? Mais um de tantos que virão no decorrer de seu caminho.

E eles virão! Acostume-se.

Veja a opinião de Napoleão Bonaparte, cuja presença mudou o rumo da história européia séculos atrás:

Circunstâncias? Eu crio as circunstâncias!

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