Alguns grupos de pessoas, bastante idealistas e românticas, acreditam no amor quebra-cabeça.
É o amor entre duas pessoas que se encaixam perfeitamente, entre aquele casal em que até os defeitos combinam, tão lindo que é o casal.
“Nasceram um para o outro”, dizem orgulhosos por verem sua ideia de amor manifestada.
Então, por qualquer motivo normalíssimo nessa vida louca, os dois se afastam.
Já nem uso mais o termo separação, ele é dramático demais. Ora, o que mais tem ocorrido desde que o mundo é mundo, são aproximações e afastamentos.
É da vida que seja assim, por mais sofrido que possa ser.
Então, quando o par que forma o casal quebra-cabeça se afasta, dizem, magoados:
“Ah, então não era amor de verdade.”
Na cabeça dessa gente sonhadora, que assiste filmes americanos demais, tinha de ser para sempre.
Quanta infantilidade. Enquanto o relacionamento alheio se encaixava no padrão de amor romântico e perfeitinho, era verdadeiro. Uma vez que ele não se encaixou mais no ideal de amor, não é mais verdadeiro.
Pode ter sido 10 anos (ou 20, ou 30, ou 50) de um relacionamento muito prazeroso na maior parte desse tempo.
Mas se acabou, não foi verdadeiro.
Será que um amor de mentira duraria 10 anos?
As pessoas categorizam demais o incategorizável. Depois sofrem porque descobrem que o que é humano não é categorizável. Tudo que é humano, é graduado. Em humanidade, não existe 8 ou 80. Só em algumas mentalidades megalômanas, aquelas que acreditam (sinceramente) que o modo como enxergam as coisas é o certo, e TODA A REALIDADE EXTERIOR é que está errada.
Para mim, amor verdadeiro é isso aqui, e amar significa isso aqui.
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