Minha. Toda minha. Para sempre minha! (O rapto de Perséfone de Bernini, 1621)

Minha. Toda minha. Para sempre minha! (O rapto de Perséfone de Bernini, 1621)

Alguns autores e pensadores contemporâneos, como Regina Navarro, acreditam e estimulam muito os ditos “relacionamentos abertos”.

É realmente uma opção. Feliz de quem consegue um feito desses, talvez sofra menos. Não é o caso da maioria.

A autora defende os relacionamentos abertos, fundamentada na opinião de que o amor romântico – aquele que pressupõe e exige exclusividade – é algo artificial, que nos é ensinado através da literatura e do cinema. Um “tipo” de amor que TERIA surgido no século XII, lá pelo ano 1100… época do surgimento da língua portuguesa.

Ela só não leva em conta mitos milenares e muito anteriores ao séc. XII, como Helena de Troia ou o rapto de Perséfone. Este, um belíssimo mito grego, no qual Hades, o deus das profundezas da terra, o ínfero, apaixonado pelas virtudes de Perséfone, perde-se em seu amor e decide por raptá-la para tê-la só para si.

Ora, o amor “verdadeiro” não é algo básico e que funcionaria com “qualquer um”? Por que um DEUS decidiria por uma única mulher, com tantas no mundo?

Romântico demais, esse Hades, para um período de 2000 anos antes do século XII…

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Comentado originalmente aqui.

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Detalhe de pintura da parede do "Túmulo de Perséfone", Vergina, Macedônia. Datada de 340 a.C.

Detalhe de pintura da parede do “Túmulo de Perséfone”, Vergina, Macedônia. Datada de 340 a.C.