Ouça com atenção
Muitas vezes nos concentramos tanto no que queremos dizer que não ouvimos realmente o que a outra pessoa está dizendo. Se você ouvir atenciosamente aos outros, eles prestarão mais atenção quando chegar a sua vez de falar.
Fale sobre coisas que interessam a outra pessoa
Diz um psicólogo: “O encanto da conversa consiste menos em demonstrar o próprio espírito do que em abrir caminho para que o outro sujeito demonstre o seu“. Quando se estimula o outro a falar sobre seus assuntos prediletos nunca há razão para preocupar-se com silêncios constrangedores, e geralmente se fica tão absorvido que não há tempo para acanhamento… que é o maior obstáculo para uma conversa espontânea.
Não falar de si próprio, mas de seu interlocutor é a essência da arte de agradar. Todos sabem disso, mas todos se esquecem – Jules Goncourt
Evite minúcias desinteressantes
“O segredo de ser cansativo consiste em contar tudo“, advertiu Voltaire 🙂 Todos nós conhecemos a pessoa que faz descrições extensas e nunca omite um fato desnecessário. “Não sei bem se foi numa sexta ou num sábado. Mas, deve ter sido por volta de dez e meia, porque eu acabava de sair da casa de meu irmão, do outro lado do parque, e depois…” Muito antes de o narrador chegar ao clímax de sua história, já estamos exaustos.
Evite expressões batidas
Não deixe que o apontem como “uma pessoa de poucas palavras, que as usa continuamente“; algumas pessoas gastam palavras: “maravilhoso”, “com certeza”, “tá entendendo?”, “adooooro”. Fuja dessas frases estereotipadas. E não faça citações de si mesmo. São poucas as pessoas espirituosas como Bernard Shaw, que podia gracejar: “Cito-me freqüentemente. Isso dá sabor à minha conversa!”
Fale com precisão
Pare um instante para ordenar suas palavras antes de falar; não mergulhe a cabeça numa frase, esperando que acabe dando certo. Evite pular de um tópico para outro; a conversa é mais interessante quando se prolonga um assunto por muito tempo para apreciá-lo do ponto de vista de quem dá e de quem recebe. Muitos de nós somos culpados de tornar difícil a compreensão de nossas conversas com cacoetes e hesitações. Olhe de frente a pessoa com quem estiver conversando, não ponha a mão em frente da boca, nem cruze os braços. Não se deve ser necessário que lhe peçam para repetir o que disse.
Faça as perguntas adequadas
Os bons entrevistadores – repórteres, advogados, psiquiatras, etc. – sabem que uma pergunta bem formulada ajuda à outra pessoa a se expressar. Indica um interesse sincero por ela e pelas suas opiniões. Uma pergunta convencional, no gênero de “Como vão as coisas?” ou “Que há de novo?” não tem sentido. Por outro lado, perguntas do tipo: “Como foi que o senhor começou o seu negócio?” ou “Se tivesse de começar a vida de novo, escolheria esta cidade para morar?” indicam objetividade e um interesse sincero. E frases educadas como “Não acha?” ou “Qual é a sua opinião?” muitas vezes mantém a própria pessoa falando e evitam que nós falemos demais.
Aprenda a discordar, sem ser desagradável
Muitas vezes o que mais importa não é o que se diz, mas a maneira de se dizer. Benjamim Franklin costumava observar diplomaticamente: “Neste ponto eu concordo. Mas há outro em que peço licença para fazer uma restrição.”
Uma discussão amistosa muitas vezes enriquece uma conversa, mas não comece a discutir com uma declaração indiscriminada como esta: “detesto advogados; são todos uns espertos”. Tal observação dogmática fará com que todos os grupos tomem partido com uma violência que não permite conversação educada. É importantíssimo não contradizer sumariamente pessoa alguma mesmo quando se tenha certeza de que ela está errada.
Use de sutileza.
Evite interromper os outros
Se você por vezes se ver obrigado a cortar uma conversa, sua interrupção parecerá menos descortês com uma frase amável como está: “João, você me permite acrescentar uma coisa ao que acaba de dizer?” Além de delicado, a pessoa interrompida ouvirá com mais atenção, se você usar o nome dela.
Se você próprio for interrompido educadamente, considere não voltar, depois, ao mesmo assunto. Procure interessar-se pela nova conversa. Se as pessoas quiserem que você volte ao que estava discutindo, elas mesmas solicitarão.
Procure ser tolerante e diplomático
Todos nós conversamos às vezes com pessoas que nos irritam ou aborrecem. Neste caso, procure concentrar-se no assunto em discussão. Afinal de contas, os fatos são impessoais. Se você procurar honestamente assumir uma atitude generosa e tolerante, aprenderá a conversar muito melhor. Evite quanto puder de desviar o foco da conversa, do campo das ideias, para o campo pessoal. Em vez de usar “Acho que você está equivocado”, prefira “Acho que sua/esta visão está equivocada”.
Elogie
Sua conversa será mais rica, se você aprender a elogiar as pessoas – desde que os elogios sejam sinceros. Demonstrar apreciação, desde que de modo autêntico, é uma forma de se conquistar. Não diga ao conferencista que acaba de ouvir, simplesmente que gostou de sua palestra. Faça comentários específicos sobre algumas coisas que ele disse ou peça-lhe para ampliar uma de suas observações, mostrando que ouviu com toda a atenção. Nossa atenção é o que de mais precioso temos a oferecer.
Autor anônimo
maria kaffe
15 de agosto de 2014 as 22:02
Sempre tive dificuldade em me expressar, tendo em vista a timidez.
Após esta leitura sinto-me mais confiante.