A culpa é algo que sempre fica no ar.
O indivíduo pode jogá-la para cima dos outros, se quiser, ou pode assumi-la, caso entenda que num nível espiritual fundamental da existência, todos somos culpados – ou usando uma palavra mais inteligente – todos somos responsáveis por TUDO que nos acontece.
Mas por que vivemos numa época primária do entendimento no qual a culpa fica sempre assim, no ar, para que se possa jogá-la eventualmente para os outros?
Arrisco uma resposta:
Porque poucos tem o entendimento necessário, e a estrutura emocional e a coragem necessárias para assumi-la. Falo por experiência própria: Sou um indivíduo que costuma assumir tudo de ruim que me acontece, seja porque deixei acontecer, seja porque a ação cármica dos meus atos passados está retornando – e ela sempre retorna.
E vou confessar pra vocês: carregar a responsabilidade por tudo que acontece na própria vida é esgotante. Aos 35 anos já me sinto exaurido, como se 60 anos tivesse.
Essa condição me faz entender porque vivemos num mundo onde as pessoas ficam brincando de encontrar culpados para tudo e onde, não por acaso, praticamente nunca entendem que a culpa pela realidade delas ser como é, é delas mesmas, seja a nível individual, seja a nível coletivo.
Assumir a própria vida, e reconhecer os próprios erros, é para os fortes.
Somente crianças largam-se aos cuidados alheios.
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