Você já ouviu falar em auto-sabotagem?

Auto-sabotagem é quando, consciente ou inconscientemente, fazemos com que as coisas dêem errado, porque no fundo, não queremos que as coisas acabem de um certo jeito. Por exemplo, o rapaz está para comprar um carro novo, mas no íntimo, tem horror à prestações de financiamento. Então sob o estímulo da da família ele vai lá e dá início ao processo de compra, quando então descobre que seu nome está cadastrado nas instituições de proteção ao crédito porque “esqueceu” de pagar uma certa conta antiga, fazendo com que seu nome fosse incluído no serasa/spc.

Não há situações em que tudo que desejamos é que algumas coisas dêem errado? Vez e outra passo por isso.

Nem todo acaso é um mero acaso. Creio que quase sempre há um motivo – que ocultamos às vezes até de nós mesmos – para termos tomado certas atitudes ou decisões no passado, que atrasam nossa vida agora.

Até entendo que o que aqui considero auto-sabotagem, nada mais é do que um recurso de auto-defesa. Nem sempre estamos com “saco” para arcar com as cobranças que a sociedade nos impõe e suportar o peso de responsabilidades vazias, motivadas mais pelos outros do que por uma vontade própria autêntica.

Mas o que eu quero dizer, é que nem sempre a auto-sabotagem acontece com requinte e sofisticação como esquecimentos solenes ou decisões equivocadas.

Uma das formas mais recorrentes de auto-sabotagem e proporcionalmente menos observadas é o “deixar para amanhã”. Isso se chama “procrastinação” ou “protelamento” e, a despeito dos nomes rebuscados, o ato em si é simples e por isso mesmo, utilizado à vontade por todos nós.

É o “depois eu faço”, “amanhã eu vou”, “segunda-feira eu começo a dieta”, “ano que vem eu inicio meu curso de inglês”.

Muitas vezes o que falta na nossa vida é uma postura resoluta, de coragem e enfrentamento.

Ânimo pronto, boa vontade e determinação!