Não, obrigado!

Em psicologia, projeção é um mecanismo de defesa no qual atributos pessoais inaceitáveis ou indesejados são atribuídos a outra pessoa.

É atribuída a Freud uma frase que exemplifica melhor a projeção:

Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo.

Daí comento observação recorrente: As pessoas que mais clamam por empatia costumam ser as que mais agem como se o universo girasse somente em torno delas, são as que mais dão importância às suas próprias coisas (ou no próprio umbigo) e que mais colocam a si e suas coisas em primeiro lugar na ordem geral das coisas, tal qual crianças, e manifestam por isso mesmo, essa necessidade infantil, que nos adultos é irritante, de estar o tempo todo validando o próprio ego, suas coisas, habilidades, feitos e conhecimento.

As que mais clamam por empatia são as que mais precisavam colocar-se um pouco de lado, e exercitar aquela postura rara porém admirável – de humildade e generosidade – e se colocar um pouco de lado, e deixar que os outros também possam manifestar seu brilho pessoal; demonstrar interesse genuíno por aquilo que presumivelmente acreditam: que cada ser humano possui um sol brilhando dentro de si.

Eu não clamo por empatia, porque todos nós nascemos ignorantes, as pessoas mal conhecem a si mesmas, é esperar demais que tenham essa habilidade – louvável, porém utópica – de “se colocarem no lugar do outro”; vale lembrar que foi mais fácil pisarmos na Lua.

Encarnando aqui o papel do Pedro freudiano, isto é, com a noção clara de que o pedido seguinte vale também para mim, clamo mesmo é por generosidade.

Sejamos GENEROSOS.