Fui para Urubici em janeiro, município que fica na Serra Catarinense. Fui para lá passar uns dias porque estava precisando “fugir” um pouco, e também porque está cada vez mais difícil passar a temporada de verão junto aos turistas, nós que já moramos no litoral o ano inteiro.

Em Urubici, cheguei a passar um friozinho, em pleno janeiro. Mas no último dia fez um calor considerável e tomei um bom banho de cachoeira.

É... sou eu!

É… sou eu!

Mas depois, fazendo os cálculos e estabelecendo proporções, passei a acreditar que a serra pode não ser o melhor dos lugares para se estar no inverno. A não ser com muitos amigos, vinho, comida e lenha o suficiente pra abastecer a lareira!!!

Foi então que estranhei o quanto nós, de modo geral, gostamos de extremos.

No frio extremo vamos para a serra criar raiz na frente de lareiras, e no calor extremo vamos para a praia, e passamos o maior tempo possível sob ar-condicionados.

Isso, claro, porque somos seres racionais.

Porque se fôssemos seres irracionais, muito provavelmente seguiríamos para a serra no verão, fugindo da muvuca da turistada e do calor infernal, e no inverno, ficaríamos pelas praias, sossegadas e amenas *, mais ou menos como fazia a Família Real Brasileira ao seguir para Petrópolis durante os verões cariocas do século 19.

Inteligentes somos nós, o pessoal da família real é que era meio insano, mesmo.

Né? 🙂

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* Nesta viagem aqui relatada, fiz esta “inversão”, sem saber muito bem o que estava fazendo. Mas deu certo, e recomendo 🙂