Se você está meio por fora do que consiste toda essa conversa sobre meio-ambiente, consumismo, preservação, sustentabilidade, etc, sugiro com veemência que você se dê 20 minutinhos e assista o vídeo acima. É narrado pela americana Annie Leonard, do site www.storyofstuff.com, muito ciente da responsabilidade que os EUA tem nisso tudo e me parece interessante ficarmos por dentro, para fazermos o possível para não deixarmos o Brasil chegar à insustentável situação em que os EUA chegaram.
Já vi por aí dizerem que o Aquecimento Global é balela e é mais política do que ciência. Mesmo que assim fosse, você perceberá no vídeo acima que nada justifica continuar com tudo como está. O sistema econômico consumista definitivamente perderá espaço daqui pra frente. Se não for por bem, será por mal, pois não é só pelo suposto aquecimento que a natureza nos devolverá o troco, mas por vários outros distúrbios naturais, como a escassez de água, escassez de matérias primas, etc.
Dois aspectos muito interessantes vale ressaltar no vídeo acima.
O primeiro foi a constatação – novidade para mim – de que o valor que pagamos pelos produtos não é o valor total pelo que valeriam sob condições “éticas”. Segundo Annie, parte do valor dos produtos é pago por todas as pessoas da cadeia de produção que foram privadas de uma forma ou de outra de certas vantagens. Essas vantagens seriam melhores salários, ou seguros de saúde ou mesmo educação, no caso de crianças que deixam de estudar para trabalhar, e seriam renunciadas pela necessidade que esses grupos tem de manterem um determinado trabalho para sobrevivência. Isso permitiria então aos empresários “reduzirem os custos” e oferecerem os tais “preços competitivos”.
O segundo aspecto que me parece interessante reforçar é o estranho paradigma do consumo em que os americanos entraram e no qual a parte mais abastada da sociedade brasileira está entrando, devido àquela alienação e falta de espírito crítico que lhes é própria. Falei aqui e aqui, ao meu modo, sobre essa “necessidade” que temos de adquirir coisas inúteis, seja pelo prazer fortuíto, seja por compulsão, ou pior, seja por algum tipo de status adquirido.
É só se informar um pouquinho e já é possível perceber a lástima na qual transformamos nossas motivações de vida. Ao invés de vivermos para preencher e alimentar o espírito, vivemos para preencher nossas casas de entulho e para mostrar nossas “posses” aos outros. Algo está definitivamente fora de ordem!
Por fim, percebi que o vídeo foi traduzido e dublado por uma turma ligada à permacultura. Você já ouviu falar? Aqui tem uma explicação detalhada e parece muito interessante. Taí outra novidade pra mim.
Vivendo e aprendendo.
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