Num domingo desses eu estava zapeando o controle remoto tentando encontrar algo interessante para assistir e acabei parando no programa Motivação e Sucesso da Rede Vida. Nele falava o Professor Luiz Marins, conhecido autor motivacional, que também é antropólogo, palestrante e consultor de vendas. Já o conhecia anteriormente, porém nunca tinha prestado muita atenção em suas mensagens.
Ele estava dizendo algumas coisas que eu já desconfiava, intuitivamente, sem nunca ter refletido objetivamente. Porém a autoridade com a qual ele falava sobre o tema me deixou feliz, como se ele dissesse: “O Ronaud, sim, ele está corretíssimo” 🙂
Desse modo o Professor Marins comentava, dentre outras coisas, que o vendedor atualmente não tem que ser mais aquele sujeito extrovertido e divertido conforme a visão que a maioria de nós temos – ou eu tinha muito – sobre a atuação de um vendedor. Eu imaginava que tinha que ser alguém falante, desinibido, sem receios com as pessoas. Não! Dizia o Professor Marins que embora esses atributos ajudem, o fundamental numa pessoa de vendas atualmente é a confiança que ela passa, e que essas pessoas extrovertidas muitas vezes conseguem passar tudo, menos confiança.
Desse modo, o bom vendedor deve conhecer profundamente o produto ou serviço que vende. Então se você observar de forma abrangente, verá que todos são, de alguma forma, vendedores. Porque todos conhecem – ou deveriam conhecer – profundamente aquilo que fazem na empresa ou mesmo como autônomos. Porque venda não é meramente vender, e sim convencer. Convence melhor quem é digno de confiança, não? Então se você é um profissional que trabalha dentro de um escritório mas que está a todo momento influenciando seus colegas de trabalho de modo a tocar as operações da empresa de forma exitosa, está agindo como um bom vendedor; um vendedor de suas idéias.
Ser digno de confiança (com toda a carga de vivências e competências que isso implica) e saber conduzir pessoas e processos de modo a se alcançar um determinado fim concerteza faz de você um ótimo vendedor, por menor e mais restrita que seja sua ação.
Dizia o Professor Marins que como numa empresa tudo gira (ou deveria girar) em torno da satisfação do cliente, todos os funcionários, desde o chefe até o funcionário mais baixo na hierarquia deveriam adotar a postura de vendedores.
Neste sentido, comentava ele que numa empresa com vários colaboradores, todos deveriam ter em seu crachá a seguinte sequência, por exemplo, para um funcionário médio. Em vez de “João Silva, Motorista”, as informações de seu crachá deveriam constar assim: “João Silva, Atendimento ao cliente, Motorista”.
Evidentemente este é apenas um exemplo, e não lembro bem as palavras exatas utilizadas pelo Professor Luiz Marins, porém serve para compreendermos melhor que todo o foco de nosso trabalho numa empresa tem como objetivo final o atendimento ao cliente, isto é, a manutenção e crescimento da empresa, e não aquela funçãozinha aparentemente insignificante que exercemos.
Já por outro lado o Professor Marins comentava algo que eu não sabia que acontecia. Dizia que muitos vendedores tem uma certa vergonha de serem chamados de vendedores e que por isso ficam inventando termos diferenciados para seus crachás, como por exemplo: “João Silva, Consultor Técnico”. Realmente não imaginava que isso acontecia. Pois se eu tivesse as habilidades necessárias para ser vendedor, acho que estamparia na lateral do meu carro bem grande: “Oi, eu sou vendedor” 🙂
Sei lá, desde sempre vi a função de vendedor como uma das mais importantes da cadeia econômica e sempre entendi muito bem porque bons vendedores ganham bons salários. É em grande parte a eles que todos nós temos todos os produtos que precisamos bem bonitinhos nas prateleiras dos supermercados e das lojas. Embora a maioria corra mesmo atrás de dinheiro, tenho certeza que os bons vendedores consideram impagável a sensação de realmente estar ajudando a resolver os problemas das pessoas.
ALBA
01 de setembro de 2011 as 18:19
Parabens,voce sabe valorizar um vendedor