“A perfeição de Nosso Senhor Jesus Cristo não é relativa a uma cultura ou a um tempo. É absoluta, supratemporal e universalmente válida.
Quero ver quem mais passa por esse teste.” Olavo de Carvalho
Ver um homem com o porte intelectual do Olavo de Carvalho citar Jesus sempre com reverência, me desperta certo sentimento de desgarramento espiritual. Tipo a ovelha negra que tentou seguir sozinha, mas acabou entendo que sozinha não vai chegar muito longe.
E ele não está só. Nomes como René Descartes, John Locke, John Milton, Blaise Pascal, Søren Kierkegaard, entre outros, avolumam o grupo de homens do pensamento que admitiam a santidade de Cristo.
Apesar de desgarrado de qualquer igreja, e de nunca ter levado a sério a questão religiosa na vida, sempre me senti profundamente cristão. Após aquele ceticismo petulante da adolescência, passei a considerar os milagres de Cristo perfeitamente possíveis, principalmente a ressurreição – e acho que estou falhando bastante ao não manter um vínculo religioso disciplinado.
Veja bem, só pelo fato de Cristo ter transformado água em vinho (e não o contrário), já é motivo pra gostar dele sem maiores restrições.
Mas o problema pra mim sempre foi nunca ter conseguido me identificar com qualquer igreja, e muito menos com seus frequentadores, que costumam citar a Bíblia para justificar seus preconceitos e quase sempre fazem exatamente o INVERSO do que Jesus faria.
Acho que ainda está para surgir uma igreja cristã superior, pura, aberta e inteligente, formada por líderes e adeptos que saibam a diferença entre parábolas, milagres e a realidade e que, portanto, não se sintam culpados se eventualmente compreenderem que o Universo não foi feito em apenas 7 dias.
Uma igreja sobretudo focada mais nos exemplos de Cristo, e nos atos de bem dos cristãos, e menos em regras salvacionistas e julgamentos da conduta alheia.
julia
16 de maio de 2016 as 11:28
Esse texto, no início não me agradou, mas ao terminar pude me identificar nele…
Ronaud Pereira
16 de maio de 2016 as 11:45
Que bom, Julia! Acho que esse dilema é bem mais comum do que imaginamos. Um abraço!