Hoje tenho um entendimento de que todos os fenômenos “espirituais” nada mais são do que manifestações de aspectos da natureza que ainda não foram, e talvez nunca serão compreendidos pelas teorias científicas, nem mesmo as mais avançadas.
E sempre que penso nessa questão da existência, e que no fundo a probabilidade era de que não era para existir coisa alguma, sou tentado a ceder à ideia de que a criação teve, e tem, um fundo moral.
E isso ocorre sobretudo quando me pego a questionar o porquê de a espiritualidade nos largar aqui nesse planeta, sem maiores orientações ou informações e mesmo sem um mísero manual de instruções, estando todos nós à mercê de ideologias sociais ou religiosas bastante estreitas e limitadas.
Minha resposta a essa qualidade de desamparo que sentimos aqui nesta existência terrena é a de que aqui estamos para sermos TESTADOS pela espiritualidade, ou por Deus, como queira.
Somos testados para que eles (sejam lá quem for, guias espirituais, anjos, gnomos, orixás, devas, deus, ovnis, jesus, espíritos da natureza, etc) saibam se somos capazes de fazer o bem pelo bem, ou seja, se chegamos ao ponto de evolução em que faremos o certo porque o certo é o certo a se fazer (sic) e não porque serei castigado caso opte pelo caminho do mal.
Ora, não é preciso refletir muito para crermos que, se todos tivessem CERTEZA de que seriam punidos, ou castigados, por atitudes egoístas e perversas, todos seriam muito mais bondosos do que são nesta condição de incerteza sob a qual vivemos.
Mas não temos.
Então pode-se questionar onde está o maior mérito:
– Fazer o bem porque há uma cartilha universal que prega o bem e que aplica sérias medidas corretivas a quem a ignora, tais como nosso lançamento a um mar de fogo chamado inferno, ou o retorno a nós de todo o mal que cometemos na forma de karma?
…ou…
– Fazer o bem porque o bem é o certo a se fazer?
A verdadeira grandeza espiritual, e a evolução definitiva, ocorrem quando fazemos o bem sem precisarmos de balizas morais.
Quando o bem se tornou, e nos é, natural.
Me esforço para ver o universo, ou deus, como amoral. Mas o fato de eu levar a ideia de EVOLUÇÃO espiritual a sério, por sua fácil observação na realidade prática e abundância de evidências, me leva ao seguinte raciocínio: Se o caminho final é a evolução, então há regras para se chegar à evolução. Se há regras, então, há uma moral última que nos conduz até a condição final de evolução individual.
Me parece inequívoco que há um forte traço de moralidade na natureza universal, em especial na natureza espiritual e humana, e que aqueles que optam sempre pelo caminho mais fácil, ao qual nos referimos como caminho do mal, ou imoral, tem chance grande de se darem… muito mal no final.
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Escrevi sobre o mesmo tema aqui.
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