Existe hoje uma ideia de que o “fenômeno das fake-news” é algo recente.
Mas não é. É um fenômeno milenar, até.
Um fato é um fato. Quem mais sabe sobre o fato é quem o vivenciou. Mesmo assim, se 100 pessoas vivenciaram um fato, ao serem questionadas, teremos 100 versões diferentes sobre o fato.
No meio destas 100 versões, teremos as mais fiéis e as mais enfeitadas.
Soma-se a isso a realidade de que obter informação é difícil hoje, e era muito mais difícil há 10 anos atrás e quase impossível há 200 anos.
Hoje, numa breve pesquisa, eu posso confirmar que as cores da bandeira do Brasil são as cores da família Orleans e Bragança. Há 32 anos atrás, era muito mais difícil para a minha professora confirmar esta informação, ao falar para uma classe de uns 30 alunos que o Verde representa as matas e o Amarelo representa o Ouro e o Azul representa nosso céu azul uma vez que nos outros países os céus eram cinzas e escurecidos pela poluição.
Sim, ela disse isso, e tanto me impressionou imaginar os céus cinzas dos outros países que nunca mais esqueci.
Nunca mais esqueci… uma inocente fake-news sobre a bandeira brasileira.
Agora imagine você que tudo que você sabe sobre o mundo, foi narrado por uma testemunha, com todas as suas idiossincrasias, raciocínios e forma particular de se expressar… …ou um jornalista, que sabe o poder que tem nas mãos de contar histórias manipuladas para um público basicamente ignorante, por mais que saiba ler.
O fato é que tudo, TUDO que sabemos sobre o mundo não passa de histórias mal contadas.
Tudo, desde os mitos religiosos, passando por toda nossa história de mundo, chegando até a imprensa militante e desonesta dos nossos dias.
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Leia também: Nada foi como disseram
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