Eu sempre me surpreendo com o quanto as pessoas têm uma dificuldade generalizada com a lógica.
Estava vendo um vídeo aqui sobre o trigo na alimentação, e observando como ele se tornou o vilão da vez em relação ao excesso de peso (depois dos alimentos gordurosos e do açúcar).
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E sob esse tema, foi comentado aquela velha conversa do tipo que manda substituir alimentos com glúten (o componente do trigo que realmente engorda) por outros alimentos que não possuem glúten (mas que podem possuir outras substâncias ainda piores do que o glúten).
Para além dessa questão da enganação geral sobre o público que compra trigo modificado, e que pode ingerir alimentos ainda piores na intenção de emagrecer, você já vê que a conversa vai pelo caminho errado.
As pessoas querem emagrecer COMENDO.
Ora, quando você está endividado e quer cessar suas dívidas, o que faz? Reduz os gastos, não?
Mas as pessoas querem emagrecer comendo outros alimentos que não são os que “engordam”, quase sempre os ingerindo ainda mais que os alimentos comuns (afinal, é light). É como querer cessar as próprias dívidas deixando de comprar na loja chique para ir comprar na Havan. A tentação será grande (ai como tá barato azcoisa aqui) e vai continuar comprando o que não precisa e a fatura do cartão vai continuar chegando. Vai continuar endividado.
Só há UM meio de emagrecer: COMER MENOS.
Isto é, ser capaz de rejeitar comida, negar quando é oferecida, de ser capaz de jogá-la no lixo em vez de jogá-la para dentro de si, quando sobra, enfim, de ser senhor(a) da própria vontade em vez de servo da ansiedade.
A questão, como sempre, é óbvia: Se engordou, é porque comeu além do que precisa. Se quer emagrecer, então tem que comer só o que precisa.
Há várias peculiaridades básicas sobre essa questão, que não se percebe facilmente:
– O que engorda não são somente certos tipos de alimentos, e sim o excesso de sua ingestão.
– Excesso este que ocorre por vários motivos: pela fartura em meio a qual vivemos; ao excesso de ofertas; às muitas tentações com as quais nos deparamos a cada passo; ao pretexto social mais comum para as pessoas se reunirem: para comer; ao costume de longa data de acreditar que só se almoça (ou se janta) bem quando se ENCHE o prato e sai da mesa estufado.
– Além disso, as pessoas comem além do que precisam porque confundem ansiedade com fome.
Sempre digo que a ansiedade é o maior fator de prejuízo contemporâneo, tanto financeiro, como de saúde.
A ansiedade, sempre maior nesses tempos estranhos, está acabando com nós.
Ainda sobre emagrecimento, um passo importante é passar a entender que se está ansioso, não necessariamente está precisando comer. Está precisando ocupar a cabeça com algo que traga significado para a vida.
E está precisando, sobretudo, de relaxar em relação às pressões e cobranças do dia a dia.
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Breno
13 de agosto de 2015 as 12:50
A chave é equilíbrio. Em qualquer lugar e situação.