As conversas e convenções que ouvimos diariamente, algumas migradas para as redes sociais, querem o tempo todo nos fazer acreditar que o que é importante, não é importante.
Dizer que o que é importante, não é importante, não passa de um consolo para fracos e derrotados.
Como nesta frase que li por aí:
Autoestima e Confiança vão lhe fazer mais bem do que qualquer dieta.
Ora, o que mais desperta a confiança e a autoestima do que se estar com a consciência de possuir um corpo em forma e saudável?
Culto ao corpo
Já ouvi algumas críticas partindo de alguns ressentidos na direção das pessoas que não saem das academias. Ah, porque é “o culto ao corpo”, porque é “um padrão imposto pela mídia”, porque isso, porque aquilo.
Sim, um culto ao corpo num padrão imposto pela mídia greco-romana de 2000 anos atrás, composta basicamente de estátuas em mármore, todas com corpos humanos nus, absolutamente magros e esbeltos.
Tudo bem que muitos exageram, valorizando mais os músculos do que o próprio cérebro. Mas algo aqui comigo me faz crer que esse pessoal que não sai das academias está muito mais em paz consigo mesmo, de bem com a vida, do que quem os critica. Pois além de tenderem a estar com o corpo e a saúde, e por consequência, também com a mente, mais equilibrados, também estão satisfeitos, porque estão fazendo algo por si mesmos; porque estão em meio a pessoas de ânimo semelhante; porque estão felizes com os resultados que têm alcançado, resultados questionados justamente porque não consegue alcançá-los.
Ora, o que há de intrinsecamente errado em cultuar o próprio corpo? Talvez o exagero nesse sentido possa ser questionado, como pode ser qualquer exagero. Mas entre cuidar e dar a devida atenção ao próprio corpo com a prática regular de exercícios ou largá-lo ao desleixo, como faz uma maioria (na qual me incluo em parte), não tenho a menor dúvida quanto a onde está o erro.
miss demoiselle
10 de abril de 2013 as 18:38
Sempre. Eu sempre achei -e que bom que você pôs em palavras- que definir como “culto ao corpo” a ida à academia era iniciativa de gente com despeito.
Um dia vi uma foto de uma moça que estava com muitas celulites (tinha até um ar desleixado) e outra com músculos imensos, parecendo um homem quase. E, a legenda da foto: “qual você prefere? eu prefiro a primeira!”. Vindo de uma mulher. Poxa vida, não é assim MESMO. Quem frequenta a academia, uma parte, não é pra ficar com corpo de paniquete. É para ficar com o corpo saudável e com uma aparência linda, lisinha, definida. Não sejamos hipócritas, a vaidade faz parte da vida e isso não significa futilidade. A NÃO SER que a mulher coloque isso como prioridade fundamental, e aí falamos de outro aspecto: a doença que há em tudo o que é vida.
Existem sim, mulheres que cultivam o corpo por causa do namorado ou marido, ou por causa delas e se afundam numa depressão disfarçada buscando sempre um corpo e deixando de fazer coisas que gosta para cultiva-lo. Isso não é NADA inteligente.
Enfim, é uma questão complexa demais, nem deveria ter comentado tanto. Só acho que puxar para o equilíbrio é sempre bom. Se estamos fazendo por nós mesmos, para que aquilo seja um complemento de felicidade na vida, ótimo! Se existem pessoas que não precisam disso e assumem (em geral, existem gordinhas lindíssimas!) o seu formato de corpo e gostam verdadeiramente deles, ótimo. Nada é pra ser errado a não ser que seja extremo.
Querido, desculpe o espaço enorme do comentário. Mas, queria colocar o que sempre tive vontade de conversar numa mesa de jantar, haha.
Beijos,
Ronaud Pereira
10 de abril de 2013 as 22:07
Acho que tanto a vaidade, como até mesmo a futilidade fazem parte da vida. Se o(a) sujeito(a) adota como meta de vida manter um corpo bonito, e tão somente isso, que seja. É direito, é opção.
Para mim, confiança e autoestima envolvem, além de um corpo em forma e saudável, a expressão de si mesmo através de competências na vida.
Outros acham que o que vale é a expressão dessas competências, mesmo que o corpo esteja um caco rs.
Tudo isso são opções e escolhas. Quem sabe um dia aprendamos a conviver com elas 😉