A maconha tem estado em evidência depois que o governo uruguaio optou por legalizá-la completamente.
Nunca fumei maconha e acho um negócio fedido, me perdoem os adeptos.
Concordo com Reginaldo Rossi quando ele diz que droga boa é cheirar mulher.
Mas não vejo problema algum na liberação dela e de toda e qualquer droga, desde que devidamente regulamentadas.
Primeiramente, porque se regulamentações não funcionam 100%, ao menos funcionam em grande parte.
É melhor um contrabando de 30% de mercadorias, do que um tráfico de 100% delas.
Né?
Segundamente, porque acho RIDÍCULO criminalizar uma… PLANTA!
Na verdade, não se sabe exatamente por quê a cannabis é proibida, enquanto o tabaco não é. Mas há uma teoria muito provável, já que envolve… acredite você… dinheiro!
Diz-se que a cannabis foi proibida nos EUA porque competia com o mercado da celulose na fabricação do papel. Só que a cannabis pode ser fumada, a celulose não. E por ser barata, estava amplamente associada às baixas camadas sociais e seus problemas de violência. Então o lobby da celulose (em especial a empresa Dupont) pressionou os legisladores para que proibisse essa planta, já que ela “promovia a violência” e o desregramento.
Terceiramente, porque não é porque algo é proibido que as pessoas vão deixar de usar, tolinhos.
Quartamente: Ora, se a maconha é proibida porque ao ser utilizada promove certas alterações psicológicas no indivíduo, então a parreira da uva também deveria ser proibida, já que a ingestão de vinho também promove alterações psicológicas no indivíduo, gerando sensações de prazer que podem causar dependência.
Ora (2), se a maconha é proibida porque ao ser utilizada promove certas alterações psicológicas no indivíduo, então todo e qualquer vegetal que dê origem à bebidas alcoólicas também deveria ser proibido, já que desconheço substância acessível a qualquer um, jovens em especial, tão psico-ativa, quanto o álcool.
Ou proibamos tudo que dá um barato, ou liberemos tudo e deixemos as pessoas escolherem suas fontes de prazer, por mais questionáveis que nos pareçam.
Ednardo
20 de dezembro de 2013 as 22:02
Olá Ronaud,
Estava pensando sobre esse assunto hoje. Também nunca experimentei qualquer tipo de droga ilícita, o álcool bebi poucas vezes na minha vida e bebo raramente.
Sabe o que acho mais triste em toda essa história? É que com o tempo todas as drogas serão legalizadas, discriminalizadas etc. então lembrarei de todas as vidas ceifadas por um mero casuísmo, porque um dia alguém falou que usar uma droga, algo alucinógeno, você deveria ser preso para não mais praticar tal conduta. Posteriormente, uma evolução, prendendo somente quem trafica o produto e não mais prendendo o consumidor ( que avanço!), sendo que, enquanto tiver consumidor, sempre, eu disse sempre teremos quem forneça o produto. O pensamento é simples, mas de difícil entendimento, sobretudo para quem tem o poder de decisão. Devemos lembrar que este problema não é somente um problema brasileiro, mas mundial. Para ser breve, simplesmente sinto por tantas vidas perdidas por motivo, que a meu ver, é muito estúpido. Como voçê mesmo falou, criminalizam plantas! Longo processo carente de um debate sério.
Ronaud Pereira
21 de dezembro de 2013 as 11:51
Justíssimo, Ednardo! Seu comentário já passou pelos meus pensamentos muitas vezes porém esqueci de mencioná-lo aqui. Quantas vidas desapareceram porque um dia algum grupo decidiu que as coisas deveriam ser do jeito que eles consideravam melhor. Obrigado por sua contribuição! Um abraço 😉