[…] é de longa data o preconceito brasileiro contra o capitalismo, alardeado nos meios intelectuais, universitários, políticos, econômicos, jornalísticos, ou seja, entre os formadores da opinião pública, de modo que tal entendimento distorcido acerca da economia de mercado vai sendo reproduzido ao longo das gerações, e com ares de “senso crítico”, no qual “mais vale a opinião do que a demonstração”. Caio Vioto – Fonte Revista Amálgama (o site foi desativado)

Esse preconceito do brasileiro comum, e também do brasileiro “estudado” contra o capitalismo, dá margem para que as pessoas pensem e compartilhem frases como esta abaixo:

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Uma visão superficial da situação patrão x empregado

Apesar de ser uma ironia, para o sujeito levar essa frase a sério é obrigatório que ele nunca tenha criado e/ou conduzido uma empresa com sucesso.

Eu já fui empresário e garanto que a responsabilidade de conduzir uma empresa é TANTA, que o empresário merece todos os lucros que conseguir, desde que honesta e licitamente.

E mais, não dá para levar a sério a ideia de que qualquer funcionário no lugar do patrão/empreendedor conduziria a empresa com o mesmo sucesso.

É preciso ter coragem, talento e resistência emocional pra ficar a frente de uma empresa.

Nem todos nascem para ser patrões: Sair do emprego de merda, botar a cara e empreender, correr riscos…

Isso ninguém quer. Mais fácil falar mal do patrão na internet.

A ignorância da Imprensa sobre capitalismo e economia

Essa frase da imagem acima surgiu na minha timeline porque uma jornalista de esquerda compartilhou.

Certamente ela acredita piamente nisso: Que o fato de um ser patrão e de o outro ser funcionário é uma mera casualidade.

É uma visão estreita da realidade que não aceita que algumas pessoas são mais capazes que outras, e que ainda acredita que o mundo é desigual preponderantemente por causa do capitalismo, e não porque as pessoas possuem muitas diferenças entre si, além de que os recursos da natureza são naturalmente escassos e muito mal distribuídos geograficamente.

Veja bem: uma pessoa FORMADA em jornalismo demonstra não ter a menor noção da realidade de mercado. Agora dimensione que essa visão é compartilhada pela maioria dos jornalistas que compõe e fazem a mídia. E que as pessoas adoram justificar sua própria incapacidade culpando patrões e capitalistas pela própria incompetência de crescer na vida.

Pronto, temos o cenário brasileiro, em que o povo acredita que as coisas devem vir de cima (patrão, governo, deus) e não do próprio esforço (em especial o intelectual), onde, enfim, o povo acredita que, ou se nasce rico, ou então se torna rico roubando os outros.

A julgar pelo pensamento mesquinho e recalcado do povo, influenciado por “formadores de opinião” também recalcados, mas sobretudo, sem noção de como o mercado e a economia funcionam, este país vai demorar séculos ainda pra se tornar um país decente.

A dificuldade dos socialistas com economia e lógica

Estou cada dia mais convicto que socialistas não dão importância à economia, não entendem de economia e não entendem o fundamento que a economia significa para a sustentação das estruturas sociais.

Se os socialistas entendessem de economia, não seriam socialistas”. Friedrich Hayek

Mas gostam de dinheiro. E como gostam.

Entretanto, para eles, dinheiro surge de uma árvore chamada Estado, que se estiver capenga, basta adubar com mais impostos. De onde vem o dinheiro dos impostos?

Ora, quem se importa de onde vem o dinheiro dos impostos?

Quando vejo esquerdistas descontentes com o próprio governo Dilma que está tentando amenizar o fiasco econômico através de alguns cortes (porque gastou demais para se reeleger), e quando vejo esquerdistas CONTRA as medidas de austeridade da Grécia, só consigo concluir que eles não entendem nada de lógica, e muito menos daquilo que chamamos de realidade.

Ora, se você gastou demais, mas é uma pessoa minimamente decente, faz o quê? Reduz as despesas para sobrar algo para pagar suas dívidas, certo? É o que o governo está tentando fazer (embora muito menos do que poderia e deveria). Mas a esquerda é… CONTRA isso.

Alguém me explica como se leva a sério gente assim, porque eu não sei como fazer.

Também pudera, boa parte deles provém da área de ciências humanas, e já escolhem essa área porque não tem matemática no currículo.

É uma gente que não se pode levar a sério, e muito me atormenta vê-los no poder.

Capitalismo e desigualdade

Um dos erros à crítica do capitalismo acontece ao confundi-lo com conceitos ou sistemas internos que ele abarca: propriedade privada, indústria, mercado, consumismo, e o mercado de capitais financeiros (ações, financiamentos). São sistemas distintos, porém interligados, que sob o dedo acusatório dos críticos, são colocados todos no mesmo balaio.

Daí a pessoa esculacha “o capitalismo” no Facebook com qualquer frase de efeito pronta, se sente super consciente e crítica, mas nem imagina que só está demonstrando o quanto não tem noção da realidade que a cerca.

Eu sou favorável ao capitalismo não como assunto de militância, e sim por entendimento que criar e produzir coisas, trocá-las, usá-las é da natureza humana.

Mas sou veementemente contra o consumismo, movido pela ganância e também pelo vazio existencial das pessoas, que buscam preenchê-lo através de tranqueiras, e não, de relacionamentos e experiências. O consumismo sim, é um vilão, que acelerou a sociedade, gerando estresse e degradação, mental e ambiental.

Nesse sentido entendo o socialismo como um sistema interior ao capitalismo, na medida em que luta por benefícios de caráter social, vindo humanizar a parte brutal do capitalismo fundamentada na ganância individual, no egoísmo e portanto, no consumismo e no mercado financeiro.

Uma das críticas mais comuns ao capitalismo é a desigualdade. Dizem: Não existe capitalismo sem desigualdade social. Querido, antes do capitalismo, estávamos todos nus na natureza, iguais, mas sem nada. Nem casas, nem roupas, algumas frutas, às vezes, nem água potável. Éramos todos iguais, na miséria absoluta. O sistema de produção e comercialização de bens, que permitiram essa vidinha confortável que se tem hoje, evidentemente se distribui de forma desigual pelo mundo.

Mas veja bem: vivemos no planeta terra, não no paraíso. As coisas por aqui sempre foram rudes e caóticas. E sempre vão ser, por um bom tempo ainda. Esperar e espernear querendo que capitalismo (ou mesmo o socialismo) conseguissem uma justa distribuição de renda e bens, é querer demais.

Os sistemas industriais e comerciais capitalistas permitem que pessoas ambiciosas, inteligentes e corajosas, portanto, empreendedoras, mobilizem recursos materiais e humanos para produzirem produtos de toda ordem – do mais simples papel higiênico até o mais sofisticado smartphone – e levem esses produtos até as mais diferentes pessoas, dos mais distantes rincões do planeta, de modo incrivelmente dinâmico; fenômeno este que não se realizaria de forma alguma se essas pessoas não fossem movidas pela busca pelo lucro.

Acusar o capitalismo de promover a desigualdade é como acusar a água por molhar. Ora, antes dele, todos éramos iguais: na total e completa escassez; sem a produção industrial e o comércio, a humanidade tinha a incrível quantidade de ZERO produtos para melhorar sua vida. Com sorte, tínhamos uma caverna pra escapar da chuva, e algumas árvores frutíferas para matar a fome de dias.

O gráfico definitivo sobre Desigualdade

O gráfico definitivo sobre Desigualdade

(des)Igualdade, Liberdade, Fraternidade

Fraternidade? Sim, por que não?

Liberdade? Absolutamente sim.

Igualdade? Bom… se for uma sociedade plenamente livre, ela será desigual.

A contradição se encontra nos termos Liberdade e Igualdade.

As pessoas são muito diferentes entre si, tanto em capacidades como em predisposições.

Se a sociedade for livre, algumas pessoas farão o que quiserem e outras não farão nada.

A desigualdade surgirá imediatamente.

Ora, quanto mais livre for uma nação, mais os indivíduos farão o que quiserem, usando de sua criatividade e de seus esforços, e mais se destacarão em relação aos outros… que preferiram ficar assistindo novela.

Mas o interessante é que o natural da democracia é justamente a tensão entre essas duas grandes engrenagens sociais: liberdade x igualdade. Nem muito uma, nem muito outra. Liberdade demais gera anarquia. Igualdade, além de ser naturalmente impossível, só podendo ser manifestada à força, gera mediocridade e, por incrível que pareça, injustiças.

E poderíamos dizer que a fraternidade é o óleo que reduz (ou deveria reduzir) o atrito entre essas duas engrenagens explosivas.

O Brasil já é um país socialista

Depois dos escândalos da Petrobrás resultante das delações da operação Lava-jato, os ânimos políticos das pessoas se exacerbou, vindo eclodir nos vários protestos do ano passado pedindo o impeachment da presidente.

Se o PT for deixar algo bom pro país, será a politização das pessoas, em especial as pessoas comuns, que são claramente conservadoras, ou seja, de direita.

Não nos enganemos, apesar da classe média brasileira ser claramente de direita, e ficar regurgitando na internet coisas como: “Não vamos deixar o país ser dominado pelos esquerdopatas”, o fato é que o Brasil já é um país acentuadamente socialista. Esta citação do Institudo Mises Brasil ajuda a compreender:

Petróleo: estatal
Gás natural: estatal
Saneamento: estatal
Saúde: estatal
Educação: estatal
Segurança: estatal
Previdência: estatal
Correios: estatal
Sistema Prisional: estatal
Anatel: estatal
Dinheiro: estatal
Banco Central e juros: estatal
Cultura, Lei Rouanet: estatal
Maiores bancos: estatais
Maior gasto dos brasileiros por ano: Impostos (consomem 5 meses de trabalho).

Mas, é claro, o maior problema do Brasil é o capitalismo e o livre mercado.

Fonte

O único período recente em que o país foi conduzido por um governo de direita foi durante a ditadura militar – mesmo assim um governo nacionalista e portanto, estatista. De lá pra cá, tanto PSDB quanto PT são de uma esquerda moderada, isto é, social-democrata. O PSDB teve a competência e felicidade de agir de modo liberal na economia com a implementação do Plano Real. E foi o que permitiu ao país um pouco mais de estabilidade desde então. Entretanto os progressos econômicos pararam por aí, já que o sucesso econômico do PT durante o governo Lula foi claramente puxado pelo crescimento econômico mundial do período.

Também essa quantia de bolsas e cotas fornecidas pelo governo, aliadas a uma carga tributária pesadíssima (50% sobre automóveis e combustíveis, 30% sobre computadores, e por aí vai) e a uma burocracia que não merece outro adjetivo além de BURRA, que atrasa a vida de quem quer e precisa trabalhar e produzir riqueza, só reforçam o quão socialista o Brasil já se tornou.

Vale lembrar que a Petrobrás, uma empresa pública controlada (e falida) pelo governo, que deveria funcionar em prol do povo, fornecendo combustíveis BARATOS e acessíveis, é a que nos manda um dos combustíveis mais caros do mundo.

O Brasil é socialista sobretudo naquilo que no socialismo não dá certo. Eita!

O pensamento acadêmico brasileiro é vergonhosamente esquerdista, aliás, marxista, fortemente enraizado e cego à realidade contemporânea que demonstrou que todas as experiências comunistas de diversos países do mundo fracassaram e só se estenderam devido a um autoritarismo vergonhoso e assassino, que se recusam a ver, por ingenuidade, alucinação ou canalhice mesmo. Dizem que “o capitalismo” (essa entidade maligna e diabólica que sabota a bondade humana) sabota todos os planos socialistas.

Haja paciência com essa gente.

E temos a imprensa nacional. E me assusto com a quantia de jornalistas marxistas que dominam as redações de importantes jornais do país, sempre enviesando seus relatos das notícias de modo a enaltecer vítimas e coitados, e a denegrir empresários e outros financistas que agem em contrário do que manda a cartilha do velho Marx.

Como mudar esse panorama?

Primeiramente, aceitando e aprendendo a lidar com algumas realidades como: “Dinheiro não nasce em árvore”, “não existe almoço grátis”, e que todo mundo precisa de produtinhos pra viver, a começar pelo papel higiênico, algo que o sistema capitalista permite produzir e distribuir a preços módicos como nenhum outro sistema.

Um bom começo é entender que boa parte dos empresários são do bem, e que é natural, justo e legítimo que tenham lucro, porque é preciso muita energia, competência, resistência e inteligência pra conduzir e manter uma empresa de pé por anos e anos.

Ajuda aceitar que não é feio ser rico, e que não é bonito ser pobre.

O próximo passo é se interessar e entender minimamente o que é inflação, juros, câmbio, entender a importância e principalmente, como esses fenômenos econômicos se relacionam entre si e interferem na vida do povo, este que você tanto defende ao votar em partidos como PT ou PSOL.