SEMPRE que alguém relativiza qualquer ação que combata a corrupção, está justificando que ela exista e se perpetue.
De todos os questionamentos sobre as últimas ações de combate à corrupção promovidas pelo judiciário, o mais ardiloso é o de quem comenta, muy inocentemente:
“Ah, mas tem que investigar e punir TODOS os partidos”.
Sério? Mesmo? Para mim isso é uma obviedade, e é o que espero.
Você percebe a malandragem na continuidade do argumento:
“Se não for para investigar todos, então não é justo que se investigue só um partido. Pára tudo e deixa como está…”
A intenção é bancar a justa e ponderada, mas o resultado…
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Outro argumento infame, contra a corrupção, é quem relativiza a grande corrupção pela pequena corrupção.
Eu sei que a grande corrupção de uma empreiteira é resultado da soma das pequenas corrupções do povinho que não devolve troco errado, faz gato da tv a cabo e burla o imposto de renda.
Mas o servidor público não é o povinho. Ele tem uma responsabilidade séria: Ele recebe o salário JUSTAMENTE para conduzir com presteza e honestidade o serviço a ele cabido.
Ele tem responsabilidades sérias, e deve sim ser cobrado, fiscalizado e, se necessário, punido.
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E tem outra infâmia, que é a pior de todas:
Daquele que releva as ações de corrupção efetuadas nos últimos anos porque acreditam que “pelo menos, a vida do pobre melhorou”.
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Devido à mudança de hábitos das pessoas ao não comentarem mais em blogs, e ao excesso de spams, optei por encerrar definitivamente o espaço para novos comentários neste site.
Muito Obrigado a cada um que nestes 15 anos de site deixou um pouquinho de si por aqui ;)