Há um raciocínio que me serve de base moral pessoal, que estabelece que a diferença entre o que é pecado e o que é virtude é apenas uma questão de intensidade. Tal raciocínio ficaria melhor explicado através daquele ditado popular que afirma que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose. Allan Kardec também dizia que o que prejudica é o abuso, e não o uso.
Adaptando esta forma de pensar para os sete pecados capitais: Em sua essência não seriam uma lista perfeita do que é humano? Vaidade; Inveja; Ira; Preguiça; Avareza; Gula; Luxúria; Somos essencialmente e manifestamos a cada passo todas essas características juntas, em cada um distribuídas em maior ou menor dose. E se pegarmos todos esse supostos pecados e os transformarmos em… digamos… dicas para uma boa vida?
Vaidade
Cuide de sua aparência, seja caprichoso com sua higiene. Zele por sua reputação.
Inveja
Observe os outros a sua volta e conheça os caminhos que você pode trilhar em sua vida. Faça do sucesso alheio a motivação para o seu sucesso.
Ira
Não seja bobão e servil. Defenda sua posição no mundo e seus pontos de vista. Brigue por seus ideais.
Preguiça
Poupe seu corpo de esforços exaustivos e sem propósito. Use sua inteligência para otimizar os processos de sua vida e de seu trabalho.
Avareza
Poupe parte do que ganha. Cuide de suas coisas. Seja zeloso com seus pertences. Não queira se apossar de ninguém.
Gula
Usufrua da boa comida. Aprecie intensamente a boa gastronomia e dê-se a oportunidade de aprender a preparar alguns pratos.
Luxúria
Ame as pessoas abertamente. Usufrua do prazer sensual em toda a extensão que tiver ao seu alcance e dentro de sua predisposição. Não faça o que não quer, mas não deixe de fazer o que quer.
E você, o que acha? Qual é o seu pecado favorito?
Maricélia Ivo Pinheiro
25 de junho de 2010 as 19:52
Adorei as dicas sobre os pacados capitais.
O que importa é a dose.
Neusa
21 de julho de 2010 as 10:14
Acho que o caminho do meio é o mais seguro.Logo podemos fazer o que quisermos,desde que nossos atos não acarretem prejuízos aos outros ou nós mesmos.
Todos estes “pecados” fazem parte da natureza humana,mas se partirmos para os extremos,ou não aproveitamos absolutamente nada da vida,ou poderemos cometar desatinos de consequências imprevisíveis!
Um pouco de cada “pecadinho” destes,nos fará muito bem!
Deise gracioli
09 de janeiro de 2011 as 16:09
Sensacional !
andré
18 de maio de 2011 as 15:50
como dizia Nelson Rodrigues é o óbvio olulante! super legal!
Ibn-Hatar
25 de junho de 2013 as 10:37
Bom dia! Visualizando alguns blogs encontrei este com este assunto interessante. Gostaria de lhe parabenizar Ronaud Pereira por expor o seu ponto de vista desta forma, penso parecido também. Somos seres humanos devemos usufruir da vida o maximo possivel afinal “a vida e curta”, quando você menos espera vem a morte e lhe leva. A palavra “pecado” na minha opinião é apenas uma barreira que o mundo “civilizado” criou para organizar a sociedade de tal forma que bloqueia a mente humana (impedindo o homem de mostrar seu lado “animal”, no bom sentido), de tal maneira que achemos que por não cometermos “pecados” estaremos com isto sendo seres virtuosos.
Ronaud Pereira
25 de junho de 2013 as 12:24
É bem por aí, Ibn-Hatar! Seja sempre bem-vindo! Um abraço!